Restaurar um quadro é uma tarefa muito mais complexa do que se imagina. Isso porque a restauração envolve uma interferência na memória de alguém ou de algum fato, uma preservação geracional chegando até mesmo a ser um ato de perpetuação, pois há fotos que, sem a figura de restauradores, nunca chegariam nos dias de hoje ou no futuro.
De forma mais acadêmica, “fazer a restauração de um objeto implica não só em trazê-lo à sua forma original, mas também em respeitar a história dessa peça. Muitas vezes, as intervenções posteriores têm tanta importância quanto à concepção original e, então, vale a pena deixar as marcas desses registros”, explica Elaine Caramella, professora do curso superior tecnológico de conservação e restauro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O que muitos não sabem e que motiva o post de hoje é que existe uma diferença entre a conservação e a restauração. A conservação ( de obras, esculturas, foto ou outros objetos) é um processo que consiste em aplicas técnicas para que a restauração nunca seja necessária, pois nem sempre é possível devolver o estado original de uma obra dependendo do estado em que ela se encontra. Nesse sentido, é um ato de antecipação: quando se começa a ver os primeiros sinais de problemas com seu quadro, já e deve aplicar os processos de conservação com um profissional para não correr o risco de perda.
Vale a pena restaurar?
Depende. O custo de restauração no Brasil é bem elevado, mas tudo vale a pena se alma não é pequena já dizia o poeta português. Vale a pena, então, se o quadro for de grande estima ou mesmo uma obra valiosa.
Mas cuidado: a escolha do profissional deve ser bem criteriosa para se evitar dores de cabeças futuras. Uma vez que você o encontre, maravilhas como a abaixo pode ser feita:
