As obras de Vincent Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh, mas conheido como Van Gogh, (1853 – 1890) foi um dos mais importantes pintores do movimento pós-impressionista no mundo e também considerado um dos artistas mais geniais de todos os tempos. Mesmo tendo levado uma vida praticamente marcada por fracassos e transtornos psicológicos.

Vincent nasceu em uma pequena cidade localizada na região dos Países Baixos, em uma família simples. Teve ao todo dois irmãos e três irmãs, mas foi com Theodorus, apelidado pelo artista de “Theo”, que teve uma maior ligação ao longo de sua vida. Nas mais de 750 correspondências que os irmãos trocaram com o passar dos anos, pesquisadores descobriram que Theo sustentara Vincent financeiramente durante quase toda sua vida.

Aos 15 anos começou a trabalhar para um de seus tios. Na época, chegou a morar algum tempo em Londres e também em Paris, porém sua atração por assuntos religiosos o levou até Amsterdã, local em que tentou iniciar seus estudos em teologia, mas sem sucesso.

Somente por volta de 1880, seguindo a sugestão de seu irmão Theo, Vincent resolveu iniciar uma carreira na pintura. Desde então, começou uma verdadeira peregrinação por diversas cidades, até chegar a Paris, local em que dividiu um apartamento com Theo e conheceu diversos artistas importantes.

Também em Paris, Vincent começou a ter contato direto com o movimento impressionista, o qual teve muitos problemas em assimilar. Naquela época, começou a fazer o uso frequente do absinto, uma bebida alucinógena que pode ter uma relação direta com os diversos problemas psicológicos que atormentaram o artista nos anos seguintes.

Em 1880, Vincent Van Gogh muda-se para a cidade de Arlen, no sul da França. Nessa cidade, dividiu uma casa com o pintor Paul Gauguin. Muitos de seus quadros mais conhecidos foram pintados nessa época, como “Os Girassóis”, que foi pintado pelo artista para decorar sua casa em Arles, além de outros quadros como “A Cadeira de Van Gogh” e a “A Cadeira de Gauguin”.

Com o passar do tempo, muitos conflitos começaram a surgir entre Vincent e Gauguin, devido a incompatibilidade de temperamentos, chegando ao nível de, em 1888, Vincent ameaçar seu amigo com uma navalha no meio da rua.

Esse fato que fez com que o artista cortasse sua própria orelha e a entregasse a uma prostituta na época. Devido a isso, Vincent passou um longo período em um hospital na cidade. Quando voltou para casa, Gauguin havia se mudado para Paris. Quando retornou, pintou outra de suas obras mais conhecidas, o “Autorretrato com a orelha cortada”.

Nas semanas seguintes, Van Gogh começou a sofrer com paranoias e alucinações que fizeram com que os cidadãos de Arlen o internassem em um hospital psiquiátrico.

No ano seguinte, Vincent pede para ser transferido para um hospital em Saint-Rémy, para que pudesse ficar mais perto de seu irmão Theo. Nessa época, seu estilo de pintura começou a ser marcado pelos conhecidos traçados espiralados e Vincent chegara a pintar cerca de um quadro por dia.

Em 1890, deixou o hospital psiquiátrico e começou um tratamento com o médico Paul Gachet, um especialista da psiquiatria, mas que não conseguiu fazer com que o estado de espirito do artista sofresse melhorias.

Em 27 de julho de 1890, após uma semana pintando quadros intensamente, a depressão de Vincent chega a um nível fatal e o artista atira contra o próprio peito em meio ao campo, arrastando-se para a pensão em que morava logo em seguida. Dois dias após, nos braços de seu irmão Theo, Vincent Van Gogh veio a falecer, deixando como suas últimas palavras a expressão em francês: “La tristesse durera toujours”, que quer dizer: “A tristeza durará para sempre”.

Até hoje pesquisadores tentam entender a doença psicológica que atingia Vincent Van Gogh e também seus familiares, pois há relatos que seus irmãos também sofriam de transtornos semelhantes. Muitos associam a sua doença ao uso exagerado do absinto, que teria danificado suas funções cerebrais e causado vários outros problemas.

Mesmo tendo pintado mais de 400 obras, durante sua vida, Vincent vendeu apenas um único quadro chamado “O Vinhedo Vermelho”, na época por 400 francos. Atualmente suas obras possuem um valor gigantesco no mundo das artes, alguns deles alcançando facilmente a marca de 80 milhões de dólares.