Quadros e cores podem dar vida a um ambiente e refletir, ao mesmo tempo, a personalidade do ser que passa, transitando e, às vezes, apenas correndo, seu pouco tempo disponível, nesse espaço. No movimento incessante da vida contemporânea, o lar, ou o escritório-lar, torna-se um espaço para relaxar, ao chegar à própria casa, ou um lugar confortável para descansar a mente e fugir da rotina do escritório.

Do clássico ao moderno, várias alternativas podem ser encontradas para que o ambiente expresse quem, como e o que deseja a pessoa que vive nesse espaço. A natureza-morta, representação de objetos inanimados – flores, mesa, vasos, por exemplo –, permanece desde a Idade Média até pintores recentes, como Giogio Morandi (1890-1964). A pintura de paisagens feita por Gustave Courbet, Vincent van Gogh, ou Henri Matisse, caminha lado a lado com aquela feita por Tarsila do Amaral – desenhos de cidades, paisagens locais, ou uma noite estrelada. Por fim, para essa série de quadros, ideias valiosas podem residir, também, na utilização de retratos, ou caricaturas. Cita-se, por exemplo, retratos clássicos como La Gioconda, de Leonardo da Vinci, ou contemporâneos como o Dalai Lama, de Romero Britto.

noite-estrelada

(A noite estrelada, Vincent van Gogh.)

Após pensar, refletir e se encontrar interiormente, tendo definido a forma como irá tornar o espaço que antes era vazio, outrora sem vida, em um espaço que reflete quem ali habita, chega à hora de fazer a composição entre ambiente e quadros.

(Retrato: Dalai Lama, Romero Britto.)

(Retrato: Dalai Lama, Romero Britto.)

Cuidado nesse momento! A facilidade de se comprar um quadro – não os clássicos e, atualmente, vistos apenas nos museus, mas aqueles bons e que espelham uma parte de você – não condiz, em algum momento, com a dificuldade trazida por outros detalhes. O equilíbrio das cores, o alinhamento dos quadros, o tamanho e a posição em que serão colocados podem dar uma pequena dor de cabeça.

No entanto, lembre-se que o principal se reduz a harmonia do ambiente e a felicidade que esse espaço, uma pequena extensão do habitante, traz. O morador observador pode escapar ao apreciar uma paisagem, ou o próprio retrato, mas isso dependerá da harmonia e da ligação que ele terá com o espaço que é apenas dele. Que o espaço decorado permita a fuga do dia a dia, ou o lazer do observador, permitindo que ali haja vida e uma personalidade escancarada.

Nessa semana, você poderá conferir uma série com os seguintes temas detalhados: natureza-morta, a pintura de paisagens, os retratos e caricaturas. Apresentando características, exemplos de quadros decorativos, ou sonhos que foram pendurados nos principais museus do mundo. Afinal, os quadros decorativos que apresentaremos refletem os gostos e sonhos “pendurados” daquele que escreve, mas que busca sonhar junto com aquele que lê.